sexta-feira, 27 de maio de 2011

Candomblé de Angola e Culto Bantu


Candomblé de Angola é um culto brasileiro calcado em ritos e cantigas de origem Angola/Kongo, entretanto não é em si um culto propriamente dito Bantu. Pois muitas divindades e qualidades destas nunca fizeram parte do panteão Bantu. Embora muitos insistem sem conhecer a teologia Bantu, nomes dados aos fundamentos feitos em seus filhos a qual muitas vezes não passam de fundamentos yorubanos com nomes e cantigas bantuizadas. Muitos jinkisi são elementos da natureza fujindo do estereótipo yorubanizado ao longo dos séculos. A palavra Luvembo  (kimbundu) ou Lukuikilu (kikongo) quer dizer culto aos Jinkisi (minkisi, akixi, mukixi), religião do povo Bantu com maior influência da cultura do Kongo que só neste país existem mais de 370 jinkisi.
Na República Democrática do Kongo se fala o kituba, no Kongo se fala o kikongo. sendo porém o francês a língua oficial atualmente.
O kikongo foi a primeira língua bantu descrita ainda em latin e o mais antigo dicionário bantu descrito. A primeira edição da Bíblia no Kongo sob a autoridade de  Diogo Gomes. Em 1624 Mateus Cardoso, outro inquisidor Português editou e  publicou uma tradução Kongo/Português do catecismo de Marcos Jorge. O prefácio nos informa que a tradução foi feita por professores de São Salvador do Kongo (atual Mbanza Kongo) e provavelmente foi parcialmente o trabalho de Félix do Espírito Santo. O dicionário foi escrito em cerca de 1648 para o uso de missionários capuchinhos (lê-se inquisidores portugueses) e foi o principal autor Manuel Reboredo, um padre secular do Kongo (que se  tornou um dos Capuchinhos de São Francisco de Salvador). Na parte de trás deste dicionário é encontrado um sermão de duas páginas escritas apenas em Kongo. O dicionário tem cerca de 10.000 palavras.
No panteão Bantu exitem muitas divindades a qual nunca foram cultuadas no Brasil. Muito se perdeu e tudo que se sabe sobre a cultura se encontra em muitas publicações feitas pelos ingleses, portugueses, franceses, belgas e um pouco, os holandeses.
A disparidade de culto é distante quanto ao que se cultua pelos Bantu. Alguns nome além de corruptela está distante de ser uma divindade cultuada por lá.
Interessante que esse questionamento quanto as divindades fazem acreditar que são inclusive descendentes diretos e com fundamentos que nem existiu lá na África.
O interessante é que se até os jinsoba (plural de REI) foram cristianizados e batiozados com nomes portugueses, e por lá foram trocados informações sobre as culturas nas fronteiras. Imagine no Brasil com a mistura dos negros?
É plausível a busca pela essência, mas dizer que só sua raiz é a única e verdadeira é no mínimo uma infantilidade igualada as testemunahs de Jeová.





Origem dos kasanji
A hipótese mais próxima do surgimento dos Mbengalas são citadas segundo Décio Freitas nas nascentes do Nilo, Zaire ou as altas montanhas de Serra Leoa.
Kasanji (Mbengalas)
O Kasanji Unido, também conhecido como o Reino Jaga, (1620-1910) foi um pré-colonial Centro-Oeste Africano [rio Kwango] fundado por Mbengalas. Os kasanji chegaram ao Kongo meados do séc. XVI comandados pelo soba Zimbo que invadiram Mbanza kongo. Ao tomar a capital dividiu-se o exército em grupos que subjulgaram as regiões. Uma vez chefiadas pela matriarca Temba Ndumba, chegou-se a Serra Leoa. Seguindo para Moçambique havia outro comando por Kisuva que foi derrotado pelos Portugueses em Tete.
Zimbo estabeleceu-se as margens de Kunene quando foi em ajuda de Kisuva. Temba Ndumba foi a grande mãe dos Kasanjis.
Os Kasanjis não faziam nada sem antes consultar as divindades e antepassados. Com a cabeça enfeitada de penas de pavão rodeado por dois Kivondas. As mulheres dançavam e cantavam em circulos com rabos de zebra nas mãos. Ao centro a fogueira que dentro íam pós de pemba branca.
Não é porque é desconhecida no Brasil que desdenhamos os irmãos que foram outrora ocupados pelos Mbengalas.
Muitos no Brasil sequer tiveram origem confiáveis de iniciações e hoje é vista uma grande nação e respeitada.
No Brasil, o que costumamos chamar de CANDOMBLÉ DE ANGOLA, em verdade é um culto originário aqui e criado aqui. Porque não existe nos territórios de culto Bantu todo esse aparato yorubano incrustado em toda a cultura.

As divindades de origem Bantu são as mesmas com pequenas diferenças em algumas tribos. No Kongo há um forma, em Angola outra, e em Kabinda um tanto o quanto diferentes, mas as culturas sempre foram interelacionadas não havendo nomes diferentes como querem impor alguns como desejos pessoais e interpretações claramente egoístas e mesquinhas.


Rainha Nzinga de Matamba foi iniciada no Reino Kasanji e viveu o que é hoje a atual Angola entre 1582 a 1663.





Por tanto as mesmas divindades cultuadas no Kasanji são as mesmas de Angola sem diferenças.

Quem são essas pessoas que julgam as outras?

Qual o mérito divinar que as faz serem melhores de outras nações não conhecidas?

Se for para realmente citar tudo certo ao pé da letra:

_ Não poderíam 'jogar búzios' ( Isso não pertence ao culto Bantu). Os ossículos advinhatórios são mais antigos que nem mesmo veio aportar no Brasil.

- O Imbomdeiro que é uma árvore sacra somente existente lá teve de ser adaptada pelo baobá e tantas outras para assimilarem o culto aos antepassados.



Sendo assim questionar o que é certo ou errado sobre uma casa sem ver a sua própria é como não tirar a trave de seu próprio olho.



Para quem não sabe o idioma dos Mbengalas, são os mesmo de outras culturas como o omumbuim que é um dialeto do kimbundu e o lingala. Por tanto não há tamanha distancia de culto.



No sudoeste de Angola pelos lados de Kilengues e Kipungos, um novo culto na qual se veneravam espíritos 'nano' ou seja, almas que em vida animavam a etnia dos Mbundus. Em geral eram cultuados quando haviam necessidade de curas, por isso os kimbandas eram solicitados.

Os espíritos também eram conhecidos por Oma-Tyikuma, da região noroeste de Kakondo, em Tikuma.



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O Lingala é uma das grandes línguas bantus, falada como idioma materno na região noroeste da República Democrática do Congo (Congo-Kinshasa) e uma grande parte da República do Congo (Congo-Brazzaville). Além disso, serve como língua franca em toda a extensão do território do primeiro país, e goza também de certa importância em partes de Angola e da República Centro-Africana. É falada por mais de dez milhões de pessoas. Sua classificação é “C.36D” no sistema Guthrie de categorização de línguas bantus, e “C.40” no sistema SIL.
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Distribuição geográfica do lingala com as regiões onde é língua materna (verde-escuro) e as demais regiões onde é usada.

Conheço pessoas que jogam cawris e nem por isso julgar outras ou querem serem as únicas detentoras de uma verdade. São pessoas claramente equilibradas e de bem com a sua vida e também em saber lidar com o próximo.

É por isso que hoje, o Candomblé Angola e Kongo não é mais do que uma visão Bantu fragmentada da identidade religiosa dos Candomblés de matriz Kétu, estando cada vez mais a perder-se inclusive os nomes Bantu das divindades e a assimilar-se ao yorubano.




Esse ritual é realmente de origem Bantu?

uma divindade ou apenas um fruto?
"Eu me recuso a servir Elegua Obi disse. Mudou, e não é amigo de todos os homens. É cheio de arrogância e não quer nada do sofrimento na Terra.

Olofín para verificar se isso era verdade, se vestiu como um mendigo e foi para casa de Obi.

"Eu preciso de comida e abrigo", perguntou ela fingindo voz.

- Como se atreve a aparecer na minha presença tão irregular? "Ele repreendeu o proprietário.

Olofín indisfarçável voz, exclamou:

-Obi, Obi.

Surpreendido e envergonhado, ajoelhou-se diante Obi Olofín.

"Por favor me perdoe.

Olofín respondeu:

"Você estava certo e é por isso que eu fiz seu coração branco e deu-lhe um corpo digno de seu coração. Agora você está cheio de arrogância e orgulho. Para castigar o seu orgulho você vai ficar com a barriga branca, mas queda e através do solo até rodarás sujidade. Além disso você terá que servir os orixás e os homens.

E assim o fruto se tornou o mais popular dos oráculos.








3 comentários:

  1. Extremamente grosseiro, boçal e equivocado suas ideologias em reverência ao candomblé Bantu.

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  2. Extremamente grosseiro, boçal e equivocado suas ideologias em reverência ao candomblé Bantu.

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  3. Rodrigo Martins, sua opinião não muda em nada meus conceitos. Pois NÃO EXISTE CANDOMBLÉ BANTU. Isso é invenção sua. Candomblé é um culto bRASILEIRO e não existe em nenhum território Bantu. Equivocado são sua maneira de se expressar discriminando como grosseiro uma opinião diferente da sua que pelo visto deve ser a verdade absoluta.Candomblé são ritos nagô e nada tem haver com Bantu...

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